Assessorando o produtor por meio de pesquisas ou traçando estratégias, as 43 unidades da Embrapa no país estão por trás da concessão de registro de boa parte das Indicações Geográficas (IGs) brasileiras, segundo explicou o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Danilo Sant´Anna. Ele participou, ao lado do enólogo Israel Cordeiro e sob a mediação da advogada Laetitia d´Hanens (sócia do Gusmão & Labrunie Advogados), do Painel 4 do evento sobre “o crescimento das Indicações Geográficas: uma visão para além-fronteiras”,
Segundo Sant´Anna, no Brasil há mais de 100 IGs, entre Denominação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP), e grandes possibilidades de novos registros serem concedidos a produtos e serviços no país. Na área de vinhos são 12 as IGs: a primeira delas concedida à região do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, inicialmente como IP, e posteriormente como DO. Já a primeira DO brasileira foi para a APRONORTE, dos produtores de arroz do litoral norte gaúcho, em 2010.
Cordeiro explicou que, embora não tenha registro de IG, a Ravanello, uma vinícola boutique localizada em Gramado, no Rio Grande do Sul, abastece seus vinhedos com cepas e uvas de regiões certificadas com Indicação de Procedência. A empresa tem Selo de Produção Integrada, que atesta a qualidade do produto e a responsabilidade ambiental.